SÚMULA BIOGRÁFICA DE GRANJENSE NOTÁVEL: JOSÉ PORFIRIO FONTENELE DE CARVALHO

SÚMULA BIOGRÁFICA DE GRANJENSE NOTÁVEL:   JOSÉ PORFIRIO FONTENELE DE CARVALHO

SÚMULA BIOGRÁFICA DE GRANJENSE NOTÁVEL:   JOSÉ PORFIRIO FONTENELE DE CARVALHO - (Indigenista).

DESTACAMOS: José Porfírio Fontenele de Carvalho – mais conhecido como “CARVALHO” – (UM HERÓI BRASILEIRO.

Quem acha que o Brasil é um pobre e desgraçado país de gente sem fé, sem fibra moral e sem destemor é porque não conheceu um dos mais ilustres representantes deste país, José Porfírio Fontenelle de Carvalho, um cearense de Granja-piauiense-brasiliense; um herói brasileiro.

Nascido em Granja (CE) em  24 de dezembro de 1946 e falecido em Brasília, Distrito Federal, 13 de maio de 2017, onde residia. Filho de Jonas Guilherme de Carvalho (que foi vereador em Parnaiba-PI) e de dona Maria Fontenele de Carvalho (Mariquinha).  CARVALHO foi um indigenista brasileiro, foi, sem desmerecer outras grandes figuras, considerado um dos maiores indigenistas (do país) rondonianos (termo em homenagem a Cândido Rondon) de seu tempo.

CARREIRA: Ingressou na FUNAI em 1967. Suas maiores atuações foram com índios dos estados do Acre, Amazonas, Roraima e Maranhão.

Foi punido pelo governo militar em decorrência da sua oposição ao uso de terras indígenas para a criação da rodovia BR-174, na década de 1970. Esta obra resultou num conflito armado com os índios Waimiri-atroari e que resultou na morte de centenas de índios, de um lado, e vários funcionários da FUNAI, incluindo o sertanista Gilberto Pinto Figueiredo, do outro lado.

Na década de 1980, sofreu um processo movido pelo governo militar, baseado na Lei de Segurança Nacional, por ter escrito um livro “A HISTORIA QUE AINDA NÃO FOI CONTADA” que contava detalhes do conflito, apresentando documentos militares.

Em face deste processo, foi demitido da FUNAI e com outros sertanistas e indigenistas, fundou a Sociedade Brasileira de Indigenistas. CARVALHO deixou sua marca de indigenista e sua influência moral em diversas partes do Brasil por onde trabalhou. Os índios sabiam que podiam confiar nele, e o sabiam por claras razões de trabalho, lealdade e cumprimento do dever. Os colegas indigenistas conheciam o seu caráter moral inabalável, e lhe reconheceram a liderança ao elegerem-no presidente da Sociedade Brasileira de Indigenismo (SBI), em 1979.

Com o fim da ditadura militar, iniciou um projeto de compensação aos Waimiri-atroari pelo conflito ocorrido, além da nova redução de terras em virtude da construção da Usina Hidrelétrica de Balbina. O projeto foi patrocinado pela Eletronorte e Carvalho coordenou por mais de 30 anos, contribuindo para o aumento da população dos Waimiri, que na década de 1980 eram apenas 300 índios, para os 1.900 na década de 2010.

AO ILUSTRE CARVALHO; GRANJA HONRA O SEU FILHO E HEROI - DEFENSOR DA CAUSA INDIGENA.

Era casado com dona Maria José de Carvalho e pais de; Maria José, José Porfirio C. Filho, Maria Janete e Jonas Antônio.